quarta-feira, 19 de março de 2014

O "HORÓSCOPO DA TERRA"

Assim como os homens tem seus horóscopos - inclusive múltiplos conforme os seus ciclos de evolução, sejam elas as "revoluções solares" o as "iniciações", o planeta também apresente os seus horóscopos à medida em que se sucedem os seus ciclos.
Essas datas natais estão matemática, astronômica, alquímica, e hierofanicamente definidas pela evolução das raças e pela chegada dos Avatares.Por isso os ciclos das civilizações são contados a partir da presença das encarnações divinas, sendo estes momentos que definem os horóscopos mundiais. A unidade entre Microcosmos, Mesocosmos e Macrocosmos é absoluta: tudo está sincronizado, expressando com perfeição a lei hermética que reza "assim como é em cima é em baixo".
Por isso, cada civilização é contada a partir da vida de seu profeta-maior, determinando um ano mais ou menos preciso, ainda que o momento ou a situação exata possa variar. Os hindus contam o seu tempo a partir da morte de Krishna, e os budistas pela morte (paranirvani) de Buda. Os hebreus o fazem pela Páscoa de Moisés e até por Adão e Eva. Os cristãos pelo nascimento de Jesus. No islã se trata da Hégira de Maomé. E no mundo pré-colombiano encontramos um registo matematicamente preciso, o dia 13 de agosto de 3.113.
Ainda que se desconheça a natureza exata desta data, está possivelmente relacionada à Canícula, evoluindo até chegar ao 26 de julho hoje conhecido, quando os Maias pararam de registrar o tempo. Uma de suas características é a presença do valor 13.
Tais povos tinham uma devoção especial por este número, associado por eles à deidade suprena (no Zohar encontramos uma ênfase semelhante). O 13º céu era o trono do deus-maior, Hunab Ku ou Oncecutli, o senhor da Suprema Dualidade, semelhante portanto ao TAO chinês com seus Ying-Yang.
Este ciclo teve cerca de 5.200 anos e terminou em 2.012 D.C. E não seria de estranhar que, dada a ênfase encontrada das profecias do signo de Leão, foi também através dele que este ciclo racial terminou. Afinal,trata-se do final e reinício demarcado por um único evento do tipo alfa-ômega, ou crístico, aquele que vem resumir o antigo e implantar o novo.
O Apocalipse fala da própria "Mulher do Sol" ou d´Aquele que está no seu ventre, predestinado a  "reger as nações com mão de ferro" e a quem o dragão do mal tanto teme porque ameaça o seu império, tal como Herodes temia a Jesus e Kansa temia Krishna. O mundo, simbolizado pela Virgem, faz uma polaridade com o Cristo, pois este trabalha e se sacrifica por aquele.
O capítulo 12 do Apocalipse traz uma imagem complexa na qual São João procurou expressar a tripla realidade dos Alinhamentos de Consciência, através de cabeça, coração e pés (ventre). Como toda Escritura Sagrada, ela pode ser interpretada de diversas maneiras. Temos dado ao episódio da "Mulher do Sol" uma visão de Geografia Política aplicada à América do Sul, por exemplo, na medida em que a mulher ensolarada seria o Brasil, A Lua aos seus pés a Argentina, e as 12 estrelas os países que cercam o Brasil no subcontinente.
Mas também temos afirmado que esta simbologia pode ocultar a descrição de um horóscopo. A expressão "Mulher do Sol" tem um duplo sentido conforme as  palavras Mulher e Sol possam ser entendidas.
Pois bem, A "Mulher Ensolarada" seria uma entidade do signo de Leão (que é regido pelo Sol). Num horóscopo, a cabeça esta relacionada à Casa I (personalidade/ascendente). Cercada por 12 estrelas, pode significar que ali situa-se o 12º signo, Peixes. Os "pés", por sua vez, podem ser associados ou "Fundo do Céu", ou à Casa IV, base astronômica do horóscopo. A "Lua sob os pés" definiria a posição deste astro ou do signo por ele regido que é Câncer.
Estes elementos nos remetem na verdade aos símbolos da Jerusalém celeste e o tema pode também fazer alusão ao mito de Vaikuntha, de modo que as 12 estrelas corresponderiam ao signo de Javali, o 12º signo do zodíaco joviano, enquanto Leão também seria visto como uma esfera duodenária por abrir ou reger o ciclo planetário através do seu regente, o Sol.
E.T. Vaikuntha - O Paraíso Astrológico.

Fonte: Luís A.W.Salvi