quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A CASA 8 DO MAPA ASTROLÓGICO – OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO E CRESCIMENTO

Dois motivos me levaram a escrever sobre a Casa 8 do Mapa Astrológico. O primeiro prende-se ao fato de que apesar de tantos anos de atendimento, sempre meus clientes tem muita dificuldade de entender o significado desse setor e mais ainda, beneficiar-se disso como forma de expansão e crescimento.
As pessoas preferem vê-la como reveladora de “perdas”, quando na verdade ela se mostra mais como possibilidades de transformação através de mudanças.
Outro motivo que também considerei está ligado ao fato de tantas circunstâncias que a humanidade está vivenciando ao nível coletivo e que estão trazendo possibilidades novas. E como disse o Mestre Jesus: “Aqueles que tem olhos de ver, verão”!
Nesse contexto de MUDANÇA e TRANSFORMAÇÃO, as pessoas ficam presas num emaranhado de ondas de pessimismo e tão focadas na realidade tridimensional que não conseguem perceber  claramente a gloriosa possibilidade de evolução e crescimento que estão disponíveis logo à sua frente.
Apenas mudando a percepção surgem possibilidades de vislumbrarem uma grande RENOVAÇÃO. Isso significa tornar-se novo ou começar de novo. Esse é o significado Humano da casa 8 e não é preciso criar asas para enxergar a sua própria santidade. Basta apenas tornar-se novamente ao que se era inicialmente, antes de permitir-se aprisionar à uma rotina rígida e complexa com excessos de auto-cobranças e exigências: individual e coletivamente.
A morte relacionada a esse setor indica principalmente a “Morte do Ego” no sentido do “Egocentrismo” , em situações em que a personalidade tornou-se tediosa e gasta em virtude da recusa de “começar novamente”, ao invés de manter-se aberta àquilo que a vida está proporcionando a cada momento, para um trabalho interior e real crescimento.
A morte aqui indica que somos forçados a sair daquilo que estamos acostumados e que não faz mais sentido para nossa vida para recomeçar de novo. É nesse sentido que surge a mudança (interior e exterior) para gerar transformação. Uma constante reavaliação dos valores e prioridades, considerando a realidade de cada momento, visto que a vida é dinâmica.
Os medos que acompanham, muitas vezes, as experiências “desconhecidas” (mas que a Alma conhece) costumam tornar-nos mais novos para tais experiências, do que se ocorressem de outra maneira; possibilitam uma renovação mais total do que teríamos permitido ou desejado em outras oportunidades.
Isso pode englobar ainda a “morte de velhas atitudes” as quais permitimos que entrem em nossas vidas, muitas vezes, inconscientemente, a fim de evitar algo novo e mantendo-nos ao que é familiar no passado.
É nesse setor que temos a oportunidade de renovar nossos contatos com essas velhas atitudes, compreendendo-as e nos livrando delas se já não fazem mais sentido para nossa vida, principalmente durante os trânsitos planetários sobre esta casa.
Vemos também a Casa 8 como “misteriosa” porque nela adentramos numa das mais profundas e menos explicadas dimensões da psiquê humana individual. (A Casa 8 também é conhecida como a Casa do Oculto, além de mudanças e transformações). Aqui lidamos com aspectos da natureza humana que ficaram “velados” durante muito tempo: sexo, morte, ego individual. Nesse sentido, alguns astrólogos humanistas lidaram com estes assuntos numa conotação “coletiva”, ou seja: trazidos para a mente pública. Sem dúvida é no “coletivo” que a Casa 8 refere-se em uma das suas inúmeras dimensões e poderíamos até chamá-la de uma esfera psicológica na qual as habilidades conscientes e inconscientes da pessoa se reúnem (o instintivo, ou inconsciente, atuando a partir da casa 2 (dos valores) e o controlando ou conscientemente atuando, a partir da Casa 8). Entretanto, poderíamos igualmente chamá-la de esfera da experiência na qual nossa consciência instintiva ou racial de ser limitada pelo tempo, vai além de si mesma para uma esfera de atividade que não é limitada tão somente a este período de tempo, vivenciado por nós através dos sentidos.
Poderíamos dizer que existe uma coletividade de personalidades, através da qual a alma atua, a qual podemos tocar através da Casa 8. E poderíamos dizer que existe um relacionamento entre esta vida e outras que ainda existem através da Casa 8.
Hoje, felizmente, muitas pessoas estão começando a perceber a existência de “alguma coisa interior” com a qual podem relacionar-se de maneira tão válida quanto alguma coisa externa. O relacionamento quando aplicado apenas a fatores externos é tão unidimensional quando às primeiras interpretações astrológicas.
Assim, a interpretação que procuro dar no atendimento aos meus clientes enfatiza o “relacionamento” que pode ser encontrado no interior de cada um, com a alma (ou qualquer outro nome que se queira dar) como um campo maior de energia.
As mudanças e transformações existentes na Casa 8, tanto podem ser buscadas individualmente, ou trazidas por circunstâncias e vale lembrar que nesse caso, por ser a área de Escorpião, ela está muitas vezes, relacionada com o “despertar da Fênix” e tudo poderá realmente ser deixado às cinzas para que a pessoa “retome o seu caminho de evolução e crescimento”.
Nesse sentido, essas transições radicais proporcionadas pelo exterior, indicadas pela casa 8, são desenvolvimentos que surgem em nossa vida, apesar de não estarmos preparados. Isso faz com que se evidenciem profundas reservas ocultas que afloram do nosso interior e que ainda não foram experimentadas. A capacidade de atendermos a essas exigências repentinas não pode ser avaliada repentinamente, visto que raras vezes sabemos o que nos será exigido.
Habitualmente nessas ocasiões, as meras capacidades físicas e materiais tem de ser aumentadas e temperadas com energias psíquicas que por curtos períodos de tempo nos darão a força e resistência quase sobre-humanas. Nem todas as pessoas conseguem enfrentar condições tão devastadoras e muitas serão aniquiladas como vítima de alguma tragédia. Outras, entretanto, alcançam alturas inimagináveis de realização.
É importante notar que a reserva secreta de energia e de capacidade provém de uma força psíquica que não está disponível para o uso cotidiano. As pessoas podem ter essa reserva e ainda assim estarem inconscientes disso, a não ser quando são forçadas a usá-la em circunstâncias inusitadas.
Nunca se sabe até que se passe por tal experiência, o que seremos capazes de fazer. Muitas pessoas tem mais reserva de energia do que imaginam, visto que todos nós temos algum grau de força psíquica. O simples fato de termos nascido já nos revela isso.

Sandra Giannoni/Sanastro Astrologia
E-Mail sanastro47@gmail.com
Fone: (11) 5183.9350